Afastamento – O chefe e um servidor público da Ciretran, além do assessor de um vereador de Maringá, foram afastados cautelarmente de suas funções públicas por conta do aparente envolvimento nos fatos. A investigação teve início em março de 2023, quando o Gaeco de Maringá recebeu informações sobre um possível esquema de venda de informações privilegiadas por parte de servidores do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) em favor de um determinado despachante. O avanço da apuração identificou empresas e pessoas físicas que seriam beneficiárias do esquema.

De acordo com o promotor Marcelo Alessandro Gobatto, Coordenador do Gaeco Maringá, os servidores investigados vendiam informações e documentos, favorecendo empresas privadas. Com as informações em mãos e o telefone de contato dos motoristas, as empresas cooptavam clientes para eventuais recursos junto ao Detran afim de regularizar possíveis pendencias.

Um ex-servidor do órgão, que atualmente trabalhava como assessor parlamentar de um vereador de Maringá também foi afastado do cargo e após a notícia se tornar pública, acabou exonerado pelo vereador Delegado Luiz Alves, que afirma desconhecer e não compactuar com atos ilícitos imputados ao mesmo. Ainda conforme o promotor, contra acusados ainda existe a suspeita de lavagem de dinheiro, já que pelo menos dois investigados realizaram movimentações financeiras incompatíveis com seus ganhos reais, como é o caso de uma professora da rede municipal de Paiçandu, que declarou renda anual de aproximadamente R$ 30 mil, mas realizou movimentações que somaram R$ 2,7 milhões nos últimos meses. Outro investigado que havia declarado renda anual de R$ 80 mil, movimentou quase R$ 3 milhões em suas contas.