Eduardo Soares, 55 anos, foi condenado a 17 anos e 4 meses de prisão em regime fechado pela morte do filho, Eduardo Soares Júnior. O julgamento começou por volta das 9 horas dessa segunda-feira (25), no Fórum de Nova Esperança. Foram seis testemunhas ouvidas. Três são da família, incluindo a avó da vítima e mãe do autor e a ex-mulher do réu e mãe de Eduardo Júnior, além de um genro.
Um vizinho também foi arrolado e os dois policiais militares que atenderam a ocorrência em outubro de 2022. O acusado continuou sustentando a versão de que o filho teria iniciado a discussão e ele para se defender o matou, mas, as testemunhas mantiveram o relato de que era ele quem frequentemente insultava o filho. O argumento da defesa pediu aos jurados, (4 mulheres e 3 homens), que ele fosse absolvido pela legítima defesa.
Relembre detalhes do caso aqui:
Eduardo Soares Júnior, na época com 29 anos, foi morto, segundo a acusação com mais de dez facadas pelo próprio pai, Eduardo Soares, 55 anos. O crime foi no dia 8 de Outubro de 2022. A vítima voltou para a casa, na vila Garça, depois de participar de um culto na igreja que frequentava. Houve uma discussão. O motivo alegado pelo acusado, em depoimento à polícia, é de que o filho teria se exaltado, durante uma simples conversa sobre os estudos dele. O réu disse ainda, que o filho partiu para cima dele com um pedaço de madeira e o agrediu e que para se defender, o esfaqueou.
A avó da vítima morava no mesmo quintal e deu um depoimento totalmente diferente do réu. Ela contou durante uma audiência, que o neto foi morto pelo pai sem nenhum motivo e que o autor começou a provocá-lo como fazia costumeiramente. A mulher relata que o filho depois de matar o neto dela, se manteve frio diante do corpo do próprio filho. “Quando o genro dele chegou; colocou a mão na cabeça e falou: Eduardo, o que você fez?” Ele teria dito, sentado em frente ao corpo enquanto fumava um cigarro. “Eu fiz o que tinha que ser feito.”
Ainda durante a discussão, segundo a avó, o jovem, percebendo a agressividade do homem, até tentou evitar o pior. “Ele ia se afastando e falando, para com isso, pai.” Contou a idosa. Enquanto a testemunha foi até o portão pedir socorro aos vizinhos, Eduardo Souza, apanhou uma faca e desferiu mais de 10 golpes contra o filho que morreu no local.
O acusado foi preso ainda na casa que foi palco da tragédia e, confessou o crime, porém alegando a legítima defesa. Ele está preso desde então e no próximo dia 25 seu julgamento está marcado para acontecer no Fórum de Nova Esperança. O crime causou grande repercussão e comoção. Eduardo Júnior estudava, trabalhava e era muito querido e ativo na igreja e tido por todos como uma pessoa do bem.
O advogado, Fausto Mochi, será assistente de acusação do Ministério Público e acredita na condenação do réu. “Foi um caso muito chocante. Sem nenhum motivo sério o pai matou o filho de forma brutal e sem chance de defesa, pois os primeiros golpes foram pelas costas. É um homicídio triplamente qualificado. Nós acreditamos e estamos confiantes que os jurados o condenarão.” Disse o criminalista.
Fonte – Claudiomar César
Adicionar comentário