A Câmara Municipal de Maringá decidiu, na tarde desta quarta-feira (27), cassar o mandato da vereadora Cris Lauer (Novo). O resultado foi expressivo: 20 votos a favor e apenas 2 contra. Apenas os vereadores Daniel Malvezzi e Giselli Bianchini votaram contra. A decisão foi tomada após uma sessão extraordinária que durou cerca de três horas, das 14h às 17h. Eleita em 2024 com 7.531 votos, o maior número já registrado para uma candidata ao Legislativo maringaense, Cris Lauer perdeu o cargo após a conclusão de um processo que investigou uso irregular de um servidor contratado para trabalhar no gabinete da vereadora. A reunião começou no horário previsto, mas foi interrompida por meia hora porque nem a parlamentar nem o advogado de defesa compareceram no início dos trabalhos. O advogado havia solicitado o adiamento da sessão, alegando compromissos profissionais fora da cidade. O pedido, porém, foi rejeitado, e os vereadores retomaram os trabalhos às 14h30. A defesa foi representada por uma nota lida pelo vereador Daniel Malvezzi (Novo).
A denúncia que embasou o processo apontava que o então chefe de gabinete da vereadora, também advogado, atuou em causas pessoais de Cris Lauer sem remuneração extra, o que, segundo o relatório, configuraria improbidade administrativa. Apesar de a Justiça já ter condenado a vereadora ao pagamento de multa, sem perda de mandato ou inelegibilidade, os parlamentares entenderam que a situação representou quebra de decoro. O parecer final da Comissão Processante, assinado pelo relator Sidnei Telles (Podemos), indicou a perda do mandato e foi aprovado pela ampla maioria dos vereadores. Cris Laúer fica inelegível por 11 anos.
Redação: Alécio Martins